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Gisela João

NO REGRESSO A CASA, O FADO ENCONTROU O NORTE

Gisela João nasceu e cresceu em Barcelos, viveu seis anos no Porto e chegou a Lisboa há dois para fazer História.

Sendo a mais velha de 7 irmãos, de uma família ligada pelo trabalho à indústria têxtil, teve, ainda criança, o primeiro contacto com o Fado através da rádio e começou logo a cantá-lo. Primeiro para a família, depois para os amigos e vizinhos e finalmente em concursos locais.

Quis estudar design de moda, mudou-se para o Porto e acabou no circuito boémio da Invicta, a “en-cantar” numa casa de Fados da Ribeira.

Finalmente o canto impôs a sua vontade e levou-a para Lisboa.

Numa pequena casa “emprestada” na Mouraria debateu-se com o peso imenso da solidão, pensou várias vezes em desistir, mas resistiu. Conquistou o Sr. Vinho, a Tasca da Bela, a Mesa de Frades primeiro, para depois encher a Fábrica do Braço de Prata, o Lux (primeiro num set do mago do pós-Dubstep, Nicolas Jaar e depois em nome próprio, a convite de Manuel Reis), e, mais recentemente, uma pequena legião de fãs esgotou o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém duas semanas antes do espectáculo. A sua voz grave e poderosa, a forma como se entrega às palavras, como permite que dominem a sua prestação, mostram que não é apenas mais uma. E Camané proclama-a a grande aposta do momento.

Chegara a hora de gravar o seu primeiro disco, esse grande desafio. Encontrou em Frederico Pereira o cúmplice ideal e depois de ultrapassarem a difícil tarefa de escolher repertório – Gisela queria gravar mais de cinquenta canções, entre Fado e Música Popular – iniciaram as gravações. Estávamos em Fevereiro de 2013, no Palácio Marquês de Pombal, certos do caminho que havia para percorrer mas longe de prever o que iria acontecer.

O disco de estreia de Gisela João é um marco na História do Fado contemporâneo. Sem desvios nem artifícios, parte duma formação tradicional e mergulha na sua génese, reencontra a sua autenticidade, questiona os seus excessos e maneirismos, para se tornar genuíno como nunca e apontar o seu futuro.

Francisco Vasconcelos, que já acompanhou alguns dos nomes maiores da música portuguesa das últimas décadas, primeiro enquanto A&R da EMI-Valentim de Carvalho e mais tarde enquanto administrador da Edições Valentim de Carvalho, diz que esperou 30 anos para editar este disco e, a julgar pelo entusiasmo com que foi recebido, pelo consenso de que tem sido alvo por muitos dos que estudam estas coisas da música, a consomem avidamente e escrevem colunas de opinião em grande parte das nossas publicações de referência, parece que tinha razão.

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